A MONOPARENTALIDADE FEMININA E SUAS REPERCUSSÕES NO TRATAMENTO ONCOLÓGICO PEDIÁTRICO EM TEMPOS DA COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.24119/artigoserpos.v1i1.59Palavras-chave:
Monoparentalidade Feminina, Oncologia Pediátrica, Serviço Social, CuidadoResumo
O estudo ora apresentado teve por escopo analisar os principais dilemas e desdobramentos enfrentados por famílias monoparentais chefiadas por mulheres, no âmbito do tratamento da Oncologia Pediátrica no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) — sobretudo, considerando o atual contexto da pandemia do coronavírus —, bem como os desafios dirigidos ao trabalho do Serviço Social nesse panorama. Dessa maneira, tivemos como objetivos deste estudo: problematizar, à luz da bibliografia, o debate contemporâneo acerca da feminização da pobreza, do cuidado e o familismo nas Políticas Públicas, bem como suas repercussões no processo de adesão ao tratamento oncológico pediátrico; averiguar, a partir do depoimento das genitoras (e chefes de família), os principais desafios à adesão ao tratamento; avaliar as demandas dirigidas ao Serviço Social em decorrência do referido panorama; e contribuir para a formulação de estratégias de intervenção multidisciplinar que levem em consideração o perfil das famílias atendidas. Destarte, o estudo aqui proposto trata-se de uma pesquisa científica realizada com base em pesquisa bibliográfica, documental, na aplicação de entrevistas semiestruturadas e na metodologia de análise de conteúdo. Por meio dele, foi possível constatar o recrudescimento do empobrecimento das famílias analisadas, tanto em virtude das repercussões da pandemia, como do adoecimento por câncer dos usuários; os fortes obstáculos para o acesso aos seus direitos sociais, figurando os recursos provindos do Terceiro Setor, contraditoriamente, — em um cenário avassalador de retração/desmantelamento das Políticas Públicas — como um sucedâneo fundamental à adesão e continuidade do tratamento oncológico pediátrico.
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